sexta-feira, 8 de junho de 2012

Vai passar...

Meu marido é o homem mais gentil que conheço. Claro, que ao modo dele. Mas eu amo a forma como ele me trata em casa... As coisas que ele faz na intenção de me ajudar (mesmo que algumas vezes ele atrapalhe, sem querer...).

Mas, graças a Deus, ele é homem. E os homens tem uma enorme dificuldade de concluir qualquer tarefa corriqueira.

Alguns deixam a toalha molhada em cima da cama, outros até estendem... Na porta do quarto. Maridos maravilhosos lavam todos os pratos e copos... E escondem as panelas no fogão, na geladeira... Tem marido que leva o lixo pra fora, mas é incapaz de jogar o próprio lixo produzido ao lado do computador.

Não é preciso uma inteligência superior pra saber que as panelas não tomam banho, que o papel higiênico não brota ao lado da privada e os objetos não voam sozinhos para seus lugares. Na verdade, acho que quanto mais inteligente o homem, mais problema ele tem com o término de atividades simples.

Sei que toda  esposa que se preze já implorou/ameaçou/suplicou/subornou o marido pra que ele não deixe as tarefas pela metade... Inutilmente.

Os homens tem uma relação diferente com o trabalho doméstico. Eles fazem um pouco e como um disjuntor sobrecarregado, chegam ao limite e desligam. Eles ouvem uma vozinha interior dizendo: “Ei, você já fez o bastante. Tá ótimo! Sente-se no sofá, pegue uns petiscos e veja os gols da rodada.” Eles simplesmente obedecem.

A nossa vozinha interior diz: “Vamos, menina. Esfregue isso direito. Não pare até terminar. Se você não fizer agora, vai ter que fazer amanhã. Vamos, termine isso.” Algumas de nós também obedecem sempre.

Então, quem você acha que vai terminar tudo? Quem incansavelmente vai encontrar os pares das meias, dobrar e guardar roupas espalhadas, lavar a louça ou guardar brinquedos até que caia exausta na cama, ao lado de um homem de olhar cintilante e apaixonado, querendo romance...

Talvez nesse momento sua vozinha interior diga “Ei, vc já fez o bastante. Vire-se e durma.”

É importante que a gente entenda os limites dos nossos maridos.
Como mães de crianças pequenas, muitas vezes temos mais tarefas do que tempo ou paciência. Mas não podemos deixar de amar e respeitar.

Reconheço que sou extremamente impaciente e muitas vezes ingrata. O Isaac me ajuda sim e nem sempre respeito o limite dele.

A proposta que faço a você é: reconheça a ajuda que ele tem lhe prestado. Ainda que seja algo atrapalhado, sem jeito, incompleto...

Nós nos tornamos mães e eles se tornaram pais. Em muita coisa, não tem sido fácil pra eles também. Se você tem saudade do tempo em que batia perna pelo centro da cidade olhando vitrine, eles tem saudade do tempo em que viam TV até dormir no sofá.

Tudo isso vai passar... Essa vida corrida que mais parece uma gincana, vai passar... 

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

E a memória?

Que memória?
É exatamente assim que me sinto. Perdida, sem saber sobre o quê os outros estão falando. Claro! Não é sempre assim... Mas há momentos absurdos de falha.

Ouvi dizer que é a amamentação. Pode ser... Mas tem também a rotina louca, a preocupação com o pequeno, com a casa, com a falta de emprego (e se nunca mais eu conseguir um hein?)...

O que sempre me fez sentir vergonha da minha mãe ou rir horas dela é exatamente o que tem me atacado. Mamãe costumava trocar o nome das pessoas, chamar “merendeira” de “marmita” ou pedir a “cadeira de rodas” da minha irmã, quando na verdade queria o carrinho de passeio. Pois a história vem se repetindo aqui em casa.

O cúmulo foi esquecer o nome do meu marido (não sem antes chamá-lo pelo nome do meu irmão, de um tio...) e ter que me referir a ele como “o cara com o qual me casei”. Ou quando disse que converso com a Nina como se ela fosse “um ser humano” (absurdo!).

Amigas, sei que isso passa. Talvez não totalmente. Mas esses embaraços vão ficar pra trás, certamente.
Se você está amamentando ou extremamente preocupada e não consegue comprar um item na padaria sem fazer toda a ‘escalação’ de produtos que existem em uma padaria, relaxe!

Leve numa boa. Sorria e diga: estou muito cansada! Tenho um bebê lindo em casa e eu o amo tanto que fico assim: toda atrapalhada.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

A competição dos bebês




 “A mãe da Julia disse que ela imita vaca, cachorro, gato... E a Laurinha então... Já engatinha direitinho. Você acredita que o Matheus, filho da Fernanda só toma suquinho no copo? E a Beatriz que já identifica as letrinhas do alfabeto e aquela menininha na feira que cantava uma musiquinha inteira... Ai, meu Deus! Se minha filha não aprender algo extraordinário nesse fim de semana nunca mais volto nessa escolinha idiota!”

Este é o pensamento paranóico de uma mãe competitiva.

Minhas amigas, agora que temos filhotes vamos ter contato com outras mães. Na igreja, no parquinho, na escolinha... E o assunto inevitável é: desenvolvimento das crianças.
Parece uma grande competição... Quem faz o quê primeiro ou quem faz o quê melhor.

Depois de uma simples ida ao supermercado, você pode olhar pro seu bebê e pensar que ele está ficando pra trás.

Quero apenas lhe informar que o seu filho não será o primeiro em tudo. Outras crianças nascerão dentes primeiro, outras engatinharão, andarão, falarão e até vão ler primeiro (só pra eu me gabar... Devido a um distúrbio eu li com recém completos quatro anos. Mas me tratei e sou uma pessoa normal hoje hehe).
Mas é perfeitamente natural se preocupar. Aliás, “preocupada” é o estado normal de toda mãe que se preze.

Eu compro todos os brinquedos que se dizem educativos ou sugiram estimular qualquer coisa... Em geral a Nina prefere brincar com a sacola em que o brinquedo caríssimo veio... Ou então com os próprios pés.

Mas...  Não é o que fazemos? Queremos o melhor para essas coisinhas rechonchudas e angelicais.

A minha dica é: cancele a inscrição do seu filho pra essa competição.
Ele será bom em alguma coisa certamente. Agora, enquanto é bebê/criança e no futuro quando descobrir quais são suas habilidades.

Tire seu filhote da competição dos bebês urgente, em nome da sua sanidade.
Até porque... Seria maldade com as outras crianças...
Existe algum neném mais lindo, esperto e cheiroso do que o seu?

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Pitacos, palpites e conselhos...

A parte mais difícil quando se resolve ter um filho é saber lidar com os pitacos alheios. Todo mundo tem uma receita de sucesso... As pessoas só não usam com elas mesmas, talvez por altruísmo, guardaram a dica de ouro... Veja só... Para você!

Basta você dizer o que vai fazer que logo baixa o especialista em sua vizinha/sogra/tiachata/amigadeinfância ... Ou então, imediatamente elas se lembram de um exemplo para aterrorizar você.

“vou ter um parto natural, em casa.”

- Sério? Nossa! A vizinha da minha tia que mora em Carapicuíba foi fazer o parto em casa e sufocaram o neném na hora do nascimento.
- Pra quê, menina? A medicina tá tão evoluída. Faz uma cesariana. Rapidinho!

“já marquei minha cesariana.”

- Ah! Que horror! Cesariana é uma tragédia. Torturam o recém nascido. E a recuperação, então? Você não vai poder descer/subir escadas, não vai poder ir ao shopping e tem que ficar sem lavar o cabelo por 30 dias.
- Ihhh... Uma colega da moça que trabalha comigo foi fazer uma cesariana e o médico partiu o intestino dela.

“vou fazer meu parto normal sem anestesia.”

- ui! Uma prima da minha vó fez o parto sem anestesia. Quase morreu de tanta dor. Ela fez cocô em todo mundo que estava na sala de parto.

“vou fazer meu parto normal com anestesia.”

- Ahhh... Uma moça da minha igreja, foi anestesiada e como não sentia nada, na hora do parto a bexiga dela explodiu.

“meu bebê vai mamar leite materno em livre demanda, exclusivamente  até os 6 meses.”

- Ah, minha filha! Vc não ai dormir nada. Essa criança vai querer mamar a noite inteira. Dá uma mamadeirona bem cheia com NAN e daí ele dorme e te dá paz pra dormir tbm.
- Uma menina do meu trabalho amamentou em livre demanda e a filha dela ficou obesa.

“não dou  danoninho pro meu filho ainda, prefiro esperar ele fazer um ano.”

- Olha... Um danoninho vale por um bifinho... Seu filho vai ficar carente de proteína. (?)
- Ô mulher, criei 8 filhos...Tudo na base do danoninho e miojo. Estão todos aí, vivos e saudáveis. Problema com colesterol, todo mundo tem hoje em dia mesmo...

Todos os exemplos que citei são reais. Eu já ouvi TODAS essas frases durante a minha gravidez e algumas recentemente.
Minha amiga, NADA do que você fizer vai agradar as pessoas a sua volta.
Se você colocar seu filhote pra brincar na caixinha de areia do parquinho, cheia de xixi de cachorro e cocô de gato... Vão dizer que você é desleixada e não cuida direito do seu rebento. Se você não quiser colocar sua criança ali de jeito nenhum, você é fresca e ele não vai desenvolver anticorpos.
O hobbie dos pais é criticar a criação dos filhos dos outros. Relaxe!
Eu sei que você está cansada. Sei exatamente o que é cuidar de um bebê, dar atenção ao marido, lavar e passar, cozinhar...
Ás vezes parece que estamos na história do "Velho, o Menino e o Burro".

Sei que nosso estopim diminui consideravelmente.
Mas pare e pense:
Qual é o seu objetivo? Agradar a galera ou criar seu filho da melhor maneira que você puder?
Seu filho só tem uma mãe. Ele não vai ter com quem te comparar. Fique tranqüila. Você está fazendo um bom trabalho.
Criar a seu modo exige disciplina e um pouco de “ignorância” light pra dizer: Não! Obrigado. Com meu filho eu faço assim...
Não caia na armadilha de fazer todas as receitas caseiras que te derem. Leia, pesquise, ouça opiniões profissionais, filtre...

E olhe pro seu filho. Conheça-o. Só assim você vai saber o que é melhor pra ele.
Quanto aos palpites, faça como Che: Endureça sem perder a ternura.
Faça do seu jeito, faça com amor.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Esclarecimentos


Comecei este blog falando sobre gravidez. Era meu plano inicial tratar sobre as aventuras e desventuras da gravidez.

Me esqueci que era um curto período de 9 meses apenas.
Morro de saudade! (Creia, vc sentirá falta do barrigão. Eu jurava que não.)

Nina nasceu e no momento está com 5 meses. Fofíssima! Se nutrindo apenas com leitinho materno e pesando qse 8 kg.

Mudei o nome do blog na tentativa de evitar a terapia paga. Vou desabafar aqui.
Não tenho a intenção de fazer um blog com informações científicas e precisas.
Apenas um espaço para desabafar depois de ter passado o dia amamentando, trocando fraldas, brincando, lavando roupinhas, dando papinha e cuidando de duas pessoas (um bebê e um barbudo que se comporta como um)...

Espero que seja útil não só a mim.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Medo

Eu espero não ser a única grávida do mundo cheia de medos.

Medo do parto normal.
Medo da cesariana.
Medo da anestesia.
Medo da recuperação.
Medo da amamentação.

E o medo de não dar conta? E se o neném chorar e eu não souber o que é?
E se ele chorar de madrugada e eu não souber o que é?
E se ele engasgar?
E se ele tiver febre?
E se eu não souber educar?
E se ele mentir um dia? E se ele mentir muitas vezes?

“Ah, Vanessa... Desde que o mundo é mundo as mulheres se viram com as crianças e sempre dá certo!”

“Ah, Vanessa... É tudo natural... Instintivo.”

Eu sei de tudo na teoria. Mas morro de medo da prática.

Hoje li um texto bíblico que me acalmou e me fez bem.
Acho legal dividir:

"Pois Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio." 2 Tm 1:7

Entendi que coragem não é ausência de medo.

Coragem é fazer o que é correto, com suor na testa, pernas bambas, boca seca...
É enfrentar... Pois Deus não nos deu espírito de covardia.

Achei melhor viver um medinho de cada vez.
E entregar esse medo nas mãos de quem pode me dar coragem.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Amamentação

Amamentar é um ato de amor.
Aproxima mãe e filho e o leite materno é um alimento completíssimo para o pequenino.

Toda essa certeza não tira o meu pânico.
Vou amamentar. Isso é fato.

Mas é apavorante... Nunca amamentei antes... É natural que eu sinta isso. E o "testemunho" de alguma colegas fazem meus mamilos sumirem de tanto medo.

Tenho pesquisado, lido bastante... E achei esse vídeozinho abaixo tão legal.
A mãe não está com cara de que estão cortando o mamilo dela com uma faca de mesa e o nenem parece tão calmo.

Achei importante dividir.