terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Esclarecimentos


Comecei este blog falando sobre gravidez. Era meu plano inicial tratar sobre as aventuras e desventuras da gravidez.

Me esqueci que era um curto período de 9 meses apenas.
Morro de saudade! (Creia, vc sentirá falta do barrigão. Eu jurava que não.)

Nina nasceu e no momento está com 5 meses. Fofíssima! Se nutrindo apenas com leitinho materno e pesando qse 8 kg.

Mudei o nome do blog na tentativa de evitar a terapia paga. Vou desabafar aqui.
Não tenho a intenção de fazer um blog com informações científicas e precisas.
Apenas um espaço para desabafar depois de ter passado o dia amamentando, trocando fraldas, brincando, lavando roupinhas, dando papinha e cuidando de duas pessoas (um bebê e um barbudo que se comporta como um)...

Espero que seja útil não só a mim.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Medo

Eu espero não ser a única grávida do mundo cheia de medos.

Medo do parto normal.
Medo da cesariana.
Medo da anestesia.
Medo da recuperação.
Medo da amamentação.

E o medo de não dar conta? E se o neném chorar e eu não souber o que é?
E se ele chorar de madrugada e eu não souber o que é?
E se ele engasgar?
E se ele tiver febre?
E se eu não souber educar?
E se ele mentir um dia? E se ele mentir muitas vezes?

“Ah, Vanessa... Desde que o mundo é mundo as mulheres se viram com as crianças e sempre dá certo!”

“Ah, Vanessa... É tudo natural... Instintivo.”

Eu sei de tudo na teoria. Mas morro de medo da prática.

Hoje li um texto bíblico que me acalmou e me fez bem.
Acho legal dividir:

"Pois Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio." 2 Tm 1:7

Entendi que coragem não é ausência de medo.

Coragem é fazer o que é correto, com suor na testa, pernas bambas, boca seca...
É enfrentar... Pois Deus não nos deu espírito de covardia.

Achei melhor viver um medinho de cada vez.
E entregar esse medo nas mãos de quem pode me dar coragem.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Amamentação

Amamentar é um ato de amor.
Aproxima mãe e filho e o leite materno é um alimento completíssimo para o pequenino.

Toda essa certeza não tira o meu pânico.
Vou amamentar. Isso é fato.

Mas é apavorante... Nunca amamentei antes... É natural que eu sinta isso. E o "testemunho" de alguma colegas fazem meus mamilos sumirem de tanto medo.

Tenho pesquisado, lido bastante... E achei esse vídeozinho abaixo tão legal.
A mãe não está com cara de que estão cortando o mamilo dela com uma faca de mesa e o nenem parece tão calmo.

Achei importante dividir.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

E o book?

Eu realmente não sinto vontade de fazer um book de gestante. Não me acho fotogênica e fazer pose pra câmera... Ai ai... Fazer coraçãozinho com as mãos na barriga? Escrever o nome do neném de batom pelo corpo? E obrigar o Isaac a segurar um sapatinho e fazer cara de papai?

Óbvio que quero ter lembranças desse momento tão bacana. Mas ficar num estúdio, em meio a filós, frufrus, chapéus, lenços... Não é a minha praia.

Não vejo problema em fazer um álbum assim para se guardar. O problema está em expor isso a qualquer um. E isso é a minha opinião.

Muitas mulheres se sentem mais bonitas nesse momento. Que estamos mais sorridentes é fato. Afinal, tem um bebê lindo dentro de nossa barriga que é um pedacinho nosso e um pedacinho do amor de nossa vida.
Algumas se sentem extremamente sexies. Ok!

Fazer um álbum de recordações com a auto-estima super elevada assim deve ser delicioso.

O que me deixa confusa é postar esse álbum no Orkut, no Facebook... Mostrar pro vizinho, pro cunhado...

Algumas grávidas se esquecem que são mulheres. Nossos seios não viram mamadeiras (só aos olhos do pequeno), bumbum, pernas e etc... Continuam a ser o que são.

Fazer fotos sensuais, de soutian (ou até sem ele) com a intenção de mostrar a barriga de uma forma sensual, blz! Mas mostrar isso a todos? Não sei.
Penso o mesmo a respeito de fotos do parto.

Eu já vi... Já me mostraram com meu marido do lado hein? Fotos de partos com a mulher peladona, com um pedaço de pano cobrindo aqui e acolá... E algumas no exato momento em que o bebê chega e este mundo tenebroso. Sim! Era um parto normal.

São momentos íntimos, lembranças para a família. Acredito que nessa hora vale o bom senso. Mostrar uma fotinho ou outra, vá lá. Mas...

Amigas, vocês verão fotos minha grávida. Certamente. Mas não esperem ver o potinho onde guardo o lanche do meu filhote. E nem fotos do caminho por onde ele trilhou até chegar ao meu colo.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

E o momento mágico?

Sábado à tarde, minutos antes do JA na IASD de Indaial...
-Ai Ju...
-Que foi, Vanessa?
-Acho que estou grávida.

Os momentos que se seguiram ficam confusos na minha mente, talvez a gargalhada escandalosa da Julyana tenha me assustado... Ou talvez, ser arrastada para uma farmácia para comprar um teste de gravidez com um monte de mulheres rindo e tagarelando no carro enquanto eu estava apavorada... 
Essas meninas me fizeram ter coragem para comprar o tal exame e principalmente: Fazer o dito no banheiro da igreja.

Eu ouvia meu marido cantando com os jovens enquanto eu tentava acertar a mira... Fazer xixi num copinho descartável quando se está prestes a descobrir uma coisa tão importante, não é moleza tá?

Bom... O resultado deu positivo, todas comemoraram... E eu, fiquei pensando:
-Um xixizinho num copinho e um pedacinho de papel dizendo que estou grávida? Me poupe. Exame de gravidez é com sangue.

Na segunda-feira fui ao laboratório. Fiz o exame e no final da tarde fui com meu marido buscar.

O Isaac abriu o envelope e estava lá: POSITIVO.

Ele riu muito, fez piada (Esse exame é bom hein, amor? Vem até com o nome da criança, olha... Elisa. - Eu tinha feito o exame Elisa, que dá diagnóstico até de AIDS) e eu... Só sentia calor... Sede... Vontade de assistir pica-pau, comer uma manga...

Cheguei em casa me sentido um monstro, por não ter sentido a "magia do momento". Pensei que ao abrir o envelope, sinos tocariam, fogos de artifício no céu, música no ar... E eu não sentia nada. Só sede (a cidade de Indaial é quente demais e eu sempre estou com sede).

Lembrei desses verso:
Tu criaste cada parte do meu corpo; tu me formaste na barriga da minha mãe. (Salmos 139:13)
Antes do seu nascimento, quando você ainda estava na barriga da sua mãe, eu o escolhi e separei para que você fosse um profeta para as nações. (Jeremias 1:5)


E refleti que Deus já conhecia aquela criança... E isso sim, era mágico.
Decidi que o melhor era ver o milagre acontecendo devagar... Dentro de mim.

Orei ao Senhor e decidi confiar. E algumas semanas depois, vivi o primeiro momento mágico.
Ouvi o coraçãozinho do nenem, batendo forte...
Ele estava ali, Deus o conhecia...

Não havia sinos, fogos de artifício... Meu marido nem estava junto...

Mas comecei a entender o grande milagre... A multiplicação da vida... O amor de Deus por mim e por aquele serzinho que mais parecia um girino...

Os milagres talvez aconteçam assim... Quando menos esperamos e sem toda pompa que desejamos. Mas estão ali...

Ligeiramente...

Encorajada pelas minhas amigas Elen Souto e Pollyanna Sampaio, resolvi registrar meus devaneios grávidos aqui.
Passei por um susto horroroso no segundo mês, quando tive um descolamento do saco gestacional, que como o próprio nome sugere: É um saco!

Acho que o pior já passou. As pessoas talvez imaginem que estou com uma infecção urinária grave, uma vez que vou ao banheiro a cada meia hora. Mas sabe como é... Quero ter certeza que está tudo bem agora.

Estou no quarto mês de gravidez e não fazia idéia de como é engraçado estar nessa situação "interessante".

Hoje ouvi que estou com "cara de grávida". Bom, se eu estiver com a cara da Letícia Spiller, que até ontem se encontrava grávida, está ótimo!

Eu me sinto como um panetone ou um ovo de páscoa. Uma coisa meio disforme. Mas quando lembro do último ultrassom, onde vi os bracinhos, perninhas... Nariz (enorme)... Lembro do meu marido dizendo que nunca estive tão linda... Lembro dele tocando violão pra minha barriga e falando com o bebê...

Ah... Tenho certeza que vou ter momentos ainda mais especiais e divertidos.
Registrarei a maior parte deles aqui.
Pouparei minhas amigas apenas dos detalhes constrangedores dos exames.